WHOA EDIÇÃO 150!!!! Hoje sim uma edição super especial completamente diferente de todas as outras, muito mais aprofundada e nem um pouco jogada pelas tabelas, e muito menos escrita com os pés ao contrário das edições passadas desta newsletter!!!!
claro
Saiu o vídeo da seleção que eu fiz outro dia pro Ratazana Comedy aqui de Criciúma, onde eu toco grooves brasileiros, tudo 100% MP3, nada de vinil. Tem de samba partido alto a funk anos 80 e street soul, passando por lados B de alguns figurões da MPB e refugos de trilhas sonoras de novela dos anos 90. Se eu tô cantando e dançando adiantado a culpa é do vídeo e não minha, eu juro pra vocês
álbum novo da Rosie Lowe, tipo um pop tortinho e bem variado
e isso aqui é uma daquelas loucuras de dar nó no cérebro: música eletrônica/folclórica diretamente do Sudão
A Frente Fria Que a Chuva Traz (2015, do Neville D’Almeida) é um filme extremamente Fora Temer-Core. Talvez ter assistido ele em 2024 depois de Parasita, O Menu, Succession, Triângulo da Tristeza e etc deva ter deixado um ranço porque o filme se baseia em criticar a juventude riquinha do Rio de Janeiro e o quanto eles são pau no cu.
Me interessa muito uma certa afronta a um bom-gostismo, tudo é meio “feio” de certa forma (exceto talvez pela cena final), tem uma certa tosquice improvisacional que é boa, mas no geral eu queria ter gostado mais. Tem muita coisa que é difícil de “comprar” no filme, todo mundo parece meio estereotípico demais. “Ah mas é a ideia” parece ser mesmo, a impressão é que a única pessoa com um mínimo de profundidade é a personagem da Bruna Linzmeyer mas ainda assim ela parece só uma paródia de algo, uma simplificação, um rascunho. Não que não possa haver valor na superficialidade, mas aqui a coisa não se sustentou muito pra mim.
Por falar em Bruna Linzmeyer, ela e o Chay Suede são os que realmente entregam na interpretação. O Michel Melamed parece que se vira com o que tem, mas segura muito.
Achei na Netflix.
(seguindo o resultado da enquete da última edição…)
– Alô chefe.
Lucy tenta chamar pelo rádio do computador ao mesmo tempo em que os programas todos parecem sumir de sua vista numa avalanche de destruição de dados. Sua reação imediata é arrancar o óculos-capacete da cabeça e desligá-lo manualmente, como que fugindo do que quer que esteja acabando com tudo lá dentro. O monitor do computador ainda traz a tela inicial do Space Invaders, por algum motivo. Lucy puxa o rádio externo e chama de novo pela sua chefe.
Nenhuma resposta.
O computador ainda parece funcionar apesar do sumiço dos programas, a nave ainda parece inteira. Tem algo de muito estranho nisso tudo e pelo visto não tem mais ninguém que possa fazer algo além de Lucy. Ela ergue a cabeça e suspira, ao se dar conta disso. Tenta novamente o rádio mas sua chefe segue sem responder. Onde ela estará?
Sai da cadeira para ir até o monitor que traz um mapa do interior da nave. Um ponto laranja pisca onde está o transmissor do uniforme de sua chefe: o estoque de alimentos. Não é difícil chegar lá.
Porém.
Lucy sua com a possibilidade de alguém ter invadido a nave. Ela e sua chefe podem não estar sozinhas. Tem algo errado. Algo errado. Lucy procura pela única coisa que se parece com uma arma dentro do cockpit. Encontra uma chave de fenda de 50 centímetros. Vai ter que servir.
Longe da vista de Lucy, o sistema operacional do computador de bordo da nave sofre o equivalente a um derrame.
Agora só falta decidir: