Então, nessas duas semanas que eu fiquei fora parece que se passaram 15 dias.
Não querendo me justificar nem nada aqui, mas quis lançar uma edição da newsletter pra divulgar um trampo bem legal que tá pra sair aí mas acabou atrasando e não por culpa minha. Junte a isso uma gigante falta de tempo e, por assim dizer, de inspiração. Ao mesmo tempo que eu sei que enquanto ESCRITOR disso aqui eu deveria estar além do conceito da inspiração e simplesmente fazer pra manter um certo flow, eu sei que nem sempre dá e que a gente é humano e erra e que tem outras coisas. Uma das coisas que pega é que no dia-a-dia eu já trabalho com criação (sou videomaker, pra quem não tá ligado) e frequentemente é como se eu já gastasse toda a minha energia criativa nisso. Aí chega à noite, quem que consegue escrever? Nem sempre tem como. Escrever de manhã? Até já tentei, mas muito barulho. Por mais que eu tenha várias ideias borbulhando, nem sempre é possível. Ainda mais quando são ideias pra coisas mais longas que exigem uma certa maturação (em tese). Talvez com organização eu consiga? Acho que sim. Mas existe uma pressão externa por produtividade, por querer ser útil e não desperdiçar o próprio tempo que obviamente permeia tudo isso aqui que eu tô falando. Nem sei direito onde tô querendo chegar com essa falaçada toda. A solução pra isso tudo? Provavelmente tomar os meios de produção e
“It’s a shame that fighting game fans haven’t spent much time on Urban Street Fighting, because it may be one of the few games on the Switch specifically developed to launder money or ruin a child’s day.”
Um review de um jogo de luta pra Switch que custou quatro dólares e até então não tinha nenhuma nota no Metacritic.
Recentemente vi dois filmes sobre a busca por Deus.
O primeiro é Stromboli, um clássico de 1950 do Roberto Rossellini. Tecnicamente ainda é neorrealismo italiano? Acho que sim. É sobre uma mulher que com o fim da Segunda Guerra acaba casando com um soldado e vai morar numa ilha MINÚSCULA. Tipo, não tem NADA, só um bando de velho e uma igreja, basicamente. E aí muito do filme é esse embate dela com esse espaço novo, dela contra a natureza em vários sentidos (tem uma porra dum vulcão nessa ilha, sem contar que existe também uma pressão pra ela não ser quem ela é). Existe uma coisa meio documental, nem todo plano é exatamente o mais bonito que poderia ser. Porém o filme também pega força disso: a cena da pescaria é impressionante.
Eu provavelmente tinha mais coisa pra falar mas vocês entenderam. Vejam, tem no Mubi.
O outro filme é um classiquinho do anime dos anos 90, Spriggan. É uma parada meio James Bond meets Street Fighter. A história da busca por deus é muito qualquer coisa, o que vale mesmo são as cenas de ação - e vou te dizer, que beleza. É tudo muito fluido. Não por acaso, o diretor desse filme previamente tinha animado cenas de Akira. Ainda tem umas coisas em early computação gráfica que funcionaram muito bem, incluindo aí provavelmente coisas como a simulação de câmera na mão que depois de um tempo virou padrão nos animes de ação. No fim das contas não passa muito disso não. Admito que pesquei nos minutos finais. Mas é uma hora e meia divertida. Tem no Youtube.
Ah, e obviamente a Netflix tá pra lançar uma versão nova dele.
E quem surge agora pra abrilhantar a família Monster na cena local é o Monster Pacific Punch.
Fiquei positivamente surpreso com o sabor. Eu como um apreciador do Monster preto original (tive fase de tomar dois desses num sábado pré-balada, até meu estômago pedir arrego) não curto muito os outros sabores no geral. Tem um que nem gás tem. Aí não dá né. Mas esse tem um sabor meio chicletento, com um retrogosto de melancia ou de pêssego, misturado com o azedinho da volta a uma infância não aproveitada em sua totalidade, um gosto que não se resolve completamente. Um sabor quase de polpa mesmo. E o melhor é que ainda tem Vitaminas B e Inositol, que é obviamente o motivo pelo qual todo mundo beberia um energético vermelho chamado Monster. Nota 7/10.
E agora, um haikai:
doce de coco
no armário, parece
banha de porco
A última edição da sensacional newsletter da Isabela Thomé me fez lembrar desse clipe de 2012 do Dinosaur Jr. que tem o Tim Heidecker (da dupla Tim & Eric) atuando num papel razoavelmente sério:
E a música ainda tem um dos melhores solos de guitarra dos últimos nove anos1.
bom por hoje é isso mas semana que vem tem mais
um dos outros da lista é esse do Car Seat Headrest