Não Sei Desenhar ̿122 - 16/02/24
William Gibson esteve bem afiado em Reconhecimento de Padrões
Lá no começo dos anos 70 o Ennio Morricone se juntou com o Bruno Nicolai e juntos eles lançaram alguns álbuns, em particular esse de 73 encabeçado pelo Morricone. Sendo do Morricone, é difícil não pensar que é como a trilha sonora experimental de um filme de terror nunca lançado. O bagulho NÃO SAIU em CD, não tem oficialmente em streaming, mas foi relançado um tempo atrás, em vinil. Estileira demais, em vários sentidos.
E a nossa gótica preferida da cena atual lançou álbum novo: a Chelsea Wolfe voltou pra um lance um pouco mais pesado, e agora com um pouco de brincadeira com bateria eletrônica - tem coisa que chega a lembrar Radiohead. Talvez o melhor álbum dela, pode ir na fé
por falar em Radiohead, pra quem não viu saiu também o novo do The Smile, projeto de 2 radioheads com 1 Son of Kemet na bateria
Cogitando aqui transformar a newsletter em quinzenal. O que achas? Concordas? Tens o que é necessário para acompanhar a newsletter quinzenalmente e não semanalmente? A grande questão é: eu tenho o que é necessário pra continuar escrevendo semanalmente?
Será que não é melhor fazer umas edições um pouco mais parrudas e talvez um pouco mais pensadas? Ou será que a newsletter acaba virando um diário (um semanário) da minha situação geral, então vale ir semanal mesmo? Por que, nesse exato momento, nós aqui da redação não estamos lá em condições de entregar algo semanal que seja particularmente empolgante.
Percebi que tem muita gente aí no MEIO dando uma freada em sua produção online. Uma cacetada de youtubers largando o site, streamers diminuindo o ritmo de live, outras newsletters passando a serem quinzenais. Talvez seja uma tendência pra 2024 mesmo.
É claro que escrever a newsletter ajuda a manter o hábito da escrita mesmo que de maneira às vezes mambembe, mas tô sentindo que talvez - e só talvez - ela não funcione mais do jeito como vinha funcionando e pode ser que valha a pena chacoalhar um pouco a estrutura. Ou talvez o resultado semanal ser como é seja justamente parte do CHARME da coisa? Nunca saberei.
Bom, agora o resultado está ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE nas mãos de vocês:
vinil lindo da semana: essa coletânea de soul da Numero Group (de novo eles)
e esse clipe recente do Amon Tobin D:
Começando há pouco tempo a maratoninha pra ver pelo menos os indicados a melhor filme pro Oscar (por que não, né?), aqui vão algumas extensas e laboriosas resenhas sobre os filmes que eu já vi pra além de Barbie, Oppenheimer e Assassinos da Lua das Flores:
Maestro: no dia que eu vi, me empolguei. Fiquei curioso com o uso das diferentes janelas e estéticas de acordo com o tempo, e como na parte em que aparece o nome do filme propriamente rola uma perda proposital da resolução da imagem, que aos poucos vai melhorando. Depois disso eu meio que esqueci do filme e tudo isso parece só perfumaria. Valeu a tentativa, Bradleyzera
Anatomia de uma Queda: impressionante o quão literal é o nome desse filme. É realmente sobre uma queda, alguém que caiu. E a anatomia toda dessa queda. Beira o revoltante. É principalmente um drama de tribunal que funciona bem. Mas não consegui me empolgar além disso.
mais informações no decorrer do período