Não Sei Desenhar §91 - 30/06/23
outro dia eu vi passar uma viatura da Polícia Científica. Alguém deve ter violado alguma lei da Física
saiu clipe da melhor do último álbum da Little Simz e o clipe é bonzão também hein
e no Desafio Não Sei Desenhar de hoje: quero ver quem deixa o cabelo estilo boneco da borracha Mercur igual ao do Donald Fagen em 1973
(eu JURO pra vocês que coloquei esse vídeo aqui algumas horas antes de o Ted Gioia postá-lo na newsletter dele, na qual ele fala justamente sobre como começou a gostar de Steely Dan. Fora que ele cita uma música de um álbum deles que eu tava ouvindo no EXATO MOMENTO em que eu lia a edição, sem saber que ele tinha postado. Aqui é ZEITGEIST porra)
vinil lindo da semana: Birds in the Ground, do Eiafuawn
Pô, O Homem-Elefante né? Talvez eu esteja falando algo inédito, mas: David Lynch fera demais. É legal ver os filmes dele tendo em perspectiva toda a filmografia, em especial coisas como a terceira temporada de Twin Peaks, que meio que é quase um greatest hits dele. Já tem muito do drama de Twin Peaks aqui e a presença das máquinas e da industrialização como um elemento de horror. E muito mais, é claro.
De qualquer forma é muito bonito como o Lynch filma o Homem-Elefante enquanto personagem. Ele nos é apresentado num plano americano, meio de costas, em dois planos de curta duração, numa cena que se preocupa mais com a reação desolada do personagem do Anthony Hopkins do que qualquer outra coisa. Ao longo do filme a câmera vai se aproximando cada vez mais do Homem-Elefante em si e a nossa relação com ele vai se tornando mais estreita e cálida, assim como a dos outros personagens em volta dele.
Politicamente o filme é meio esquisito porque todo pobre no filme é um pau no cu e o Homem-Elefante só é aceito propriamente quando tem a anuência da alta casta da sociedade, incluindo a Rainha Vitória. Mas talvez eu tenha que pensar mais sobre isso.
Seguimos pra zerar a filmografia do Lynch (faltam uns 3 ou 4 ainda). Mas por falar em zerar…
Diário de Hyrule
Estamos perto de 50 horas de jogo e eu matei meu primeiro grande chefe do jogo, um monstro assustadoramente grande lá pela vila dos homens-pássaro. A luta foi muito boa, dificuldade na medida certa - e ajudou eu aparentemente estar um pouco mais forte do que eu deveria pro momento. E a trilha sonora do chefe e do trecho anterior, da dungeon que precede ele: fina. A história que envolve essa missão toda é bem fofa também.
Aparentemente aquele papo de que a gente precisa de 10.000 horas de prática pra ser bom em alguma coisa não é bem assim, pra variar. Dá pra praticar por 10.000 horas e continuar sendo ruim no que faz.
De qualquer forma, fiquem aí com essa info. O lance tá mais pra praticar mais de uma coisa ao mesmo tempo, pra fazer o cérebro captar melhor o que foi praticado e não sei quê. Ou algo assim. Talvez eu tenha entendido errado ou lido pela metade. Vocês que se virem.
Em breve mais notícias sobre o célebro (quando eu souber como é ter um, eu uso pra trazer pra vocês)
aí que eu pergunto: que tipo de conexões o cérebro de uma pessoa do tipo humano precisou fazer pra chegar à ideia de fazer uma tatuagem da Mercedes-Benz? Vi um desses outro dia na academia.
Pense nisso…