Chegou 2023!!!!! Olha aí, mais um ano. E com ele, muitas coisas.
Entre essas coisas, é claro, temos trocentos novos filmes e séries e jogos e livros e tudo mais pra CONSUMIR. Porque é pra isso que a gente tá aqui, não é???? Então vamos CONSUMIR. Pra ajudar vocês leitores a lembrar e organizar o hype, fiz aqui um calendário com tudo que nós aqui da redação da newsletter Não Sei Desenhar estamos mais ansiosos pra CONSUMIR esse ano. São muitos lançamentos, então vem comigo:
Janeiro: série do Bubsy na HBO, com Timothée Chalamet e Zendaya
Fevereiro: Velozes e Furiosos 34 - O Problema De Ser Mais Veloz Que A Luz É Viver Sempre Na Escuridão
Março: prisão de Jair Bolsonaro
Abril: filme da Marvel
Junho: filme da DC
Julho: filme e série da Marvel
Agosto: Mickey Mouse - Origens, dirigido por Zack Snyder
Setembro: férias coletivas. Ninguém vai lançar nenhum filme ou série nesse mês
Outubro: tomada dos meios de produção; filme e série da Marvel
Novembro: reboot do Universo como o conhecemos; lançamento do Universo 2, cheio de novas funcionalidades
Dezembro: Hamlet 2 - Vingança Imortal, filme que dará início ao Shakespeareverso
O grande clima do verão é essa compilação do Numero Group só de yacht rock, soul calminho e sons praianos adjacentes ali dos anos 70 e 80 principalmente
isso e o som baleárico do novo do Nu Genea
Outro dia eu tava andando pelo Twitter e lendo opiniões.
Não cometa o mesmo erro que eu. Não faça isso, pro seu próprio bem.
Mas uma dessas opiniões era de alguém dizendo que não conseguiu terminar de ver RRR porque era “constrangedor”. A primeira coisa que eu pensei foi “constrangedor é O TEU PASSADO” mas depois eu me acalmei e pensei outras coisas:
O quanto muitas pessoas não se deixam sentir outras coisas quando veem um filme, né? Tipo, um filme não precisa ser só diversão e choro e riso e só isso, como os blockbusters de Hollywood fazem a gente acreditar que seja. Existe toda uma gama de possibilidades e de sensibilidades que a gente pode aproveitar vendo outros filmes de outros lugares e feitos por gente diferente.
É claro que isso é meio óbvio mas… meio que não é???? E como diria o filósofo Casimiro Miguel, às vezes é necessário falar o óbvio. A gente cresceu vendo filme hollywoodiano e isso afeta diretamente a forma com a qual a gente vê e percebe os filmes, e eu me incluo nisso sim.
O grande lance é estar mais aberto a essas possibilidades, perceber que não é só porque o troço é feito de um jeito que não é o clássico hollywoodiano que é automaticamente ruim, ou tosco, ou chato, ou sei lá o quê. A gente tem que se permitir. Vamos nos permitir. Não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver. Acho que vou até escrever uma música com essas frases.
Eu eu falo isso pra defender não só o RRR (como se ele precisasse ser defendido), mas também outras vibes cinematográficas, desde filmes B de ação e terror até filmes “arte” que são propositalmente lentos ou DISRUPTIVOS em termos de narrativa.
Está totalmente permitido achar constrangedor RRR, mas está mais permitido ainda perceber que isso FAZ PARTE da experiência. Isso não torna o filme ruim. Tudo causa um efeito, pra além das escolhas conscientes do diretor. E mesmos efeitos que sejam ruins a priori podem ser positivos no conjunto da obra. Que isso valha pra qualquer pessoa.
Isso que eu não entrei no mérito dos filmes “pra pensar”, mas isso fica pra outro TCC.
Tendo dito tudo isso: eu gostaria muito de ver a música do RRR sendo interpretada e principalmente dançada ao vivo na cerimônia do Oscar, mas não só isso. Por mim, botavam o Tom Cruise pra apresentar a música, e deixavam ele ali no canto. No trecho final da música, os atores chamariam ele pra dançar. Ele diria “nah nah, esse momento é de vocês, dancem aí”. Eles dançariam mais um pouco. Chamariam ele de novo, ele agradeceria mas aquele momento é deles. Então eles chamariam uma última vez e ele daria um pulo no meio do palco e faria os passos exatamente como os outros atores. Porque afinal ele é o Tom Cruise e é óbvio que ele conseguiria decorar e fazer a coreografia em um mês.
Só isso salvaria Hollywood. Eu vejo um novo começo de era.
(mas a gente sabe que se eles forem fazer isso, muito provavelmente vai ser com algum desses caras tipo o Jimmy Fallon ou o Tom Holland)
Esse aqui: forte, tá?
só coloquei isso porque não tinha imagem pra thumb da edição
feliz ano novo
Aguardando ansiosamente a programação de março!