Não Sei Desenhar #57 - 28/10/22
Meu deus!!!! Não acredito que ele falou ISSO nessa newsletter
e eu que descobri que a Christina Aguilera tem uma música com participação da Peaches e produzida pelo Le Tigre? De 2010. Pena que é fraquinha
(talvez seja importante frisar: pra quem não sabe, Peaches e Le Tigre são dois nomes clássicos do indie/electroclash dos anos 2000, nomes certos nas festas alternativas da época, e que faziam sons desse naipe:
daí a minha surpresa)
e agora, Diálogos Que Podem Ou Não Ter Acontecido
— tô pensando em botar uma planta em casa pra cuidar
— não curto, as únicas plantas que eu tinha em casa ou eu comi ou eu fumei
Álbum novo do Planet Hemp tá bem interessante. Ao mesmo tempo que não tenho como não sentir falta do som mais pesado e mais puxado pra Beastie Boys das antigas (me processe), é muito muito bom ver que eles expandiram as referências. Tem música que puxa pro afrobeat, pro reggaeton, pra um samba alternativo, pro Miami Bass, e tem aquela primeira que eles soltaram junto com o Criolo que me lembra uns hard rock anos 2000 que não me pegou muito. Tem participação do Black Alien e do Trueno (do qual já falei aqui… acho), tem sample de Tantão E Os Fita e de MC Carol - o que é uma jogada interessante: finalmente alguém mais “““““““do rock””””””” aproveitando o discurso do funk carioca e dando outro contexto pra coisa toda, sem soar deslocado ou esquisito. Que foi como soou o álbum novo da Deize Tigrona pra mim. Eu tenho que dar outra chance pra ele mas me pareceu só estranho, meio forçado e sem groove, e não de um jeito legal.
Tenho a impressão que muito disso vem de um protagonismo maior do BNegão e das influências dele, frequentemente o álbum acaba soando mais como Seletores de Frequência (uma das outras bandas do homem). Com certeza é um álbum de uma banda muito mais madura, inclusive no discurso, mas que talvez não bata tão bem assim de primeira. Não encontrei nenhum hitzão forte, mas o pacote todo ainda tá muito bom.
também tá bem legal o novo do Louis Cole, R&B/jazz-fusion/soul doideira
Essa semana terminei de ler Os Comparsas (Road Dogs, no original), o único do Elmore Leonard que eu achei na Amazon e o único que eu li dele até agora. Curtinho, de boa. Já tinha ouvido falar que o cara é bom de diálogo, e realmente é, só não imaginei que o texto do livro seria tipo 90% diálogo. O que não deixa de ser interessante, quase tudo na história se constrói por ali. Não é por acaso que é uma das inspirações do Tarantino, e que ele teve algumas adaptações pro cinema, como Jackie Brown, O Nome do Jogo e Irresistível Paixão.
literatura!!!!!!!!!!!
Mario Bava’s Seis Mulheres Para o Assassino: tamo junto
a título de informação: novembro vou entrar no rolê do NaNoWriMo, ou National Novel Writing Month. Pra quem não tá ligado, é um tipo de DESAFIO em que os participantes tem que escrever um romance de no mínimo 50 mil palavras, ao longo do mês de novembro. É bastante coisa, mas dá. O prêmio? Um tapinha nas costas. Mas pelo menos o cara tem um manuscrito, ao menos uma primeira versão em último caso. Já passei pelo menos metade de outubro me preparando, a equipe está unida, vamos em busca dos três pontos.
Isso quer dizer que a newsletter vai ficar jogada pras cobras? Lógico que s Não! Não sei o que vai ser dela exatamente, provavelmente não vai mudar muita coisa, mas garanto que vai ter coisa saindo por aqui ainda. Isso porque vou aproveitar pra lançar uma série de contos!!!!!
WHOAAAA!!! INCRÍVEL!!!!! TODA SEMANA, religiosamente, vai sair um episódio novo de uma temporada de 6 contos, e depois a gente vê o que faz com isso. Já tá basicamente tudo escrito, só falta dar um talento.
pra cima deles
O Planet tem um background variado: o Marcelo vem do hardcore, o Formigão do pós-punk/punk/goth, o falecido Skunk do goth/acid house/hip-hop; o BNegão tb do hardcore/grunge/hip-hop. Mas sendo cariocas não tem como escapar da influência do funk carioca e do Miami Bass. É uma coisa que permeia a gente do Rio.
A news tá muito legal, cara.
Leonard é muito bom mesmo, né? E acho divertido ele colocar quase só diálogo. Chega a ser quase uma peça de teatro às vezes. :D Lembro que ele disse uma vez que "não escrevo as partes que eu pulo quando estou lendo livros dos outros".