bom vídeo sobre a situação que os profissionais de efeitos especiais tem passado em Hollywood
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Topei com o texto a seguir na newsletter Worlds By Watt, sobre “RPG, queerness e além”, achei bem bolado, me identifiquei com bastante coisa e pedi autorização pra traduzir e postar aqui. Sim, ele me autorizou, então tá aí. Vai que ajuda alguém por aí né:
8 Diretrizes para Terminar um Projeto Criativo
Eu luto com o perfeccionismo. Esse impulso normalmente toma conta de mim quando começando um novo projeto criativo. Eu costumo imaginar todos os romances de 1000 páginas, RPGs de 200 páginas e board games estilo campanha que eu poderia escrever, mas quando começo a trabalhar, sem surpresa esses projetos nunca se materializavam.
Aqui estão oito diretrizes que eu usei para me ajudar a enfrentar o pensamento perfeccionista e completar cinco zines em um ano:
Defina prazos firmes. Não prazos ambiciosos, prazos de lápis no papel.
Corte como louco (quando você se der conta de que não há esperança de alcançar o prazo). Isso pode significar cortar o escopo original do seu projeto em 50% ou mais.
Lance com frequência. Lançamentos regulares difundem a pressão de fazer o projeto perfeito.
Aprenda fazendo. Tente coisas novas com o conhecimento de que você vai se bater e você pode aprender com seus erros.
Escolha suas batalhas. Algumas coisas não podem ser consertadas ou mudadas a tempo de encontrar seu prazo firme, foque seu trabalho no que você realisticamente tem tempo pra mudar.
Trabalhe em um projeto por vez. Novas ideias são sedutoras mas não sucumba à tentação, em vez disso, use a empolgação de uma nova ideia para terminar o que começou.
Comunicação autêntica é sempre um ato de vulnerabilidade. Expressar-se requer vulnerabilidade, vulnerabilidade requer bravura, e ser bravo nunca é fácil. Espere que o ato de criação seja assustador!
essa do álbum novo da Leikeli47 é hit
e essa que já tem uns 3 anos também
aliás, o álbum todo tá bem bom, principalmente a primeira metade
Tem também a French Touch Mixtape 002, de um produtor de Belfast chamado Ejeca (rs). O título explica tudo que precisa. Sextou:
Recentemente li uns bons quadrinhos aí, a saber:
Mega, do Salvador Sanz, é sobre terror e kaijus invadindo o Uruguai. O desenho do cara é impressionante, a textura de pedra dos bichos é quase palpável.
Tokyo Killers, do Jiro Taniguchi com roteiros do Natsuo Sekikawa: histórias neo-noir altamente oitentistas. A estética toda me lembra filmes de ação orientais da época, tipo O Matador, Full Contact, etc. Só falta o neon mesmo.
Mas o melhor da semana sem dúvida foi Bom Dia, Socorro, do Paulo Moreira, lançado recentemente pela Conrad. Como é que pode esse cara. A narrativa dele é um troço natural e fluido, do mesmo jeito que os diálogos. E os desenhos sempre simples mas certeiros. Foda. Adquira já, se possível - ou leia online também.
Tem um filme de ação que saiu esses tempos na Netflix, chamado Carter.
Se o trailer parece uma correria doida, o filme é ainda mais. É Missão: Impossível com Bourne e uma pitada de zumbis mas sem as amarras do realismo hollywoodiano. Ele é feito pra parecer ser todo filmado em um take só - mas tenho a impressão de que não se importa tanto com isso no fim das contas. Tem umas elipses de tempo e me parece que tem até tem uns jump-cuts e tá tudo bem.
O diretor é o Jung Biang-Gil, o mesmo de A Vilã (tem no Mubi e Star+), e muito do que foi feito nesse ele “evolui” aqui, incluindo alguns temas. Curto demais como ele taca o foda-se e usa zoom digital com frequência, e mistura as imagens todas num fluxo frenético incessante. Quase como um Speed Racer da vida, só que aqui é como se o filme te pegasse pelos ombros e te chacoalhasse e ficasse gritando na tua cara. Tudo em nome do impacto e é isso aí memo, vamo nessa. E praticamente tudo filmado em grande angular, dá pra ver a ação toda o tempo inteiro. Exceto quando não dá. Mas aí é parte da emoção da cena.
Ao mesmo tempo que eu gostaria de ver o que ele seria capaz de fazer com um orçamento grandão, com um pouco mais de lapidação no CG, eu penso que se isso acontecer, ele provavelmente faria filmes mais “domados” e aí eu não gostaria mais. E também gostaria de ver mais gente usando drone/FPV nas cenas de ação. Obrigado.