atenção para a CROCÂNCIA desses trailers restaurados direto das películas em 35mm
no canal do cara tem outros milhares de trailers
tudo feito com uma câmera num Rasperry Pi transformada em scanner. Aqui o processo sendo feito, frame a frame
Esses trailers me fizeram lembrar do tempo em que era padrão ter um NARRADOR com um VOZEIRÃO em todo trailer
e que trailers não contavam o filme inteiro
Aparetemente feito em um momento em que o Katsuhiro Otomo precisava de um tempinho enquanto fazia Akira, Roujin Z é um anime de 1991 que ele escreveu e que foi dirigido pelo Hiroyuki Kitakubo.
É sobre uma cama. Bom, uma cama dessas de hospital, feita exclusivamente pra cuidar de idosos, e o grande lance dela é que ela é um robô inteligente que cuida de todos os detalhes da vida do idoso que se deita nela. Assim, todos. Os personagens principais são então um idoso que é a primeira pessoa a ser cuidada por uma dessas e a enfermeira dele, que vê sendo trocada por um robô frio criado por uma megacorporação.
Dá pra dizer que ele se encaixa muito nesse cyberpunk japonês do início dos anos 90, e que acaba conversando com o próprio Akira, com Tetsuo: The Iron Man, com Patlabor, etc. Lida diretamente com essa questão dos idosos, como a sociedade (não só a japonesa em última instância) trata eles e outros grupos menos valorizados, com esse lance militar da tecnologia, a influência americana no Japão… nesse sentido é quase como uma paródia do próprio Akira, com um tom bem mais leve, LIGHTHEARTED.
Tem no Youtube e dura uma hora e vinte minutos, tá bem de boa pra assistir:
É interessante colocar ele ao lado do Patlabor porque esse é um OVA que saiu mais ou menos nessa mesma época, com sete episódios de meia hora e fala de uma seção da polícia japonesa de um futuro próximo que lida com crimes relacionados a mechas. No caso, “mecas”, os robozões com forma humanoide, ok. Mas assim, não é um anime de ação e tiro e coisa assim como se pode imaginar. Até tem isso e quando tem é bem feito, mas ele é muito mais uma comédia de situação, com muita câmera parada, lidando muito mais com os personagens e situações mais inusitadas envolvendo eles. Tem episódio que é mais um conto de fantasma, outro mais FC absurda.
Tanto Patlabor quanto Roujin Z são muito mais “solares” em seus métodos, o que não quer dizer que sejam bobos ou infantis. Eles justamente são um contraponto importante dessa vibe cyberpunk tradicional, escura e neon, totalmente pessimista.
Patlabor tem no Youtube legendado em inglês…
… dublado em português (!)…
… mas tem também em locais menos ortodoxos como apps e sites de anime pra quem quiser se arriscar.


fui um dos apoiadores de Mata-Mata, noveleta do Zé Wellington que saiu pela Draco faz pouco tempo
Obviamente, por ser uma noveleta, a leitura é muito rápida e, pra dar uma enchida extra, tem algumas páginas de quadrinhos e de cordel que complementam a narração em prosa. As páginas de quadrinhos eu não entendi a razão de ser, mas o cordel funciona bem e por mim podia ter até mais, talvez pra aprofundar um pouco mais nas vidas daqueles personagens.
e chegou mais uma vez aquele inevitável momento
tens uma hora e meia sobrando e estás com o inglês em dia? Assista a esse vídeo da Sarah Z sobre a ascensão e queda da cultura geek
Ela vai de camisetas de Zelda com bermuda cargo a fandoms tóxicos, passando por Game of Thrones, Joss Whedon e Big Bang Theory.
Fiquei pensando em como seria uma versão brasileira disso. Até outro dia tínhamos Omelete Box trazendo merchan sem graça todo mês, hoje tem camiseta do Naruto na Renner. E por aí vai.