Não Sei Desenhar ╨145 - 26/07/24
ainda não me acostumei com o Horário de Inverno, por isso o lançamento em tempo diferente
Uma temporada de série bem boa que eu vi recentemente e muitos de vocês devem ter visto é a terceira temporada de The Bear. Eu nem vou entrar em muitos detalhes aqui, mas gostei de como eles não apelaram pra piadas fáceis como na temporada passada, e o drama parece ter ficado mais aberto no geral. Tudo tem um tempo muito específico aqui, e achei interessante o fato de não ter um episódio sem cortes, mas uma das preocupações da temporada parece ser o passado dos personagens (em particular do Carmy) e como ele leva à situação atual do restaurante. E também como os Faks tem uma presença cada vez maior como o coração do restaurante, a cola que une tudo. São os únicos que são sinceros e falam abertamente as coisas, de um jeito até meio infantil mesmo, enquanto os outros parecem se segurar e isso os acaba prejudicando no geral.
Uma temporada de série bem menos boa é a d’O Acólito, a série nova de Star Wars. Não tinha nem metade da pancadaria wuxia prometida pelo trailer e os personagens são todos uns chatos do caralho, com todo respeito. A sensação é que a série só disse a que veio mais pro final. Talvez mais uma que se encaixa na categoria que a Disney gosta tanto chamada “Essa temporada de série poderia ser um filme”. A expansão do universo como um todo é legal, principalmente fazer a gente perceber que os Jedi não são tão mocinhos assim e dependem muito da política - algo que talvez estivesse na trilogia prequel mas que a gente não costuma dar atenção. Os Jedi na época da República são policiais e eles tão cheios de ossos no armário. (Como é que é???? Tu tá colocando política no meu pew pew pew zium zium????)
Supernature do Cerrone epic version na abertura é Brasil nas Olimpíadas
Lembra das cores? Quando o cinema usava cores? Berrantes mesmo, sem vergonha, com contraste e saturação?
Semana passada eu citei o Seijun Suzuki aqui e resolvi ver um outro filme do homem. No caso, um filme dele pós anos 80, um que ele lançou em 2001, Pistol Opera. (Por sinal, pesquisando recentemente descobri que ele co-dirigiu um filme do Lupin III dos anos 80, bom saber).
Ele pega tudo que fez em Tokyo Drifter, Branded to Kill e outros clássicos do experimentalismo visual e eleva tudo ao máximo. Desconstrói o espaço fílmico (e o realismo) pra construir um particular, um que cata coisas de Godard e Fellini pra contar uma história de tirinho. O filme remonta desde a primeira cena a algo muito básico e tradicional do cinema (em particular o japonês), o teatro de sombras. Ele salta dali pra usar o teatro kabuki como base da sua mise en scene - e também pra Quebrar Alguns Tabus™, ao colocar mulheres com maquiagem kabuki, uma vez que antigamente só homens podiam atuar no gênero.
Não só isso: cada plano parece que foi criado como se o Suzuki tivesse um quadro branco e fosse pintando os elementos aos poucos. Há um planejamento e uma busca pela beleza na loucura que ele cria, sempre tem.
Assassina de uma Organização de matadores entra num jogo doido onde todo mundo tá se matando e… bom, a história em si importa pouco. O fato de ela ser “rasa” acaba sendo a desculpa perfeita pra ele falar sobre o desejo pela violência (além de desejo sexual) e a história do Japão como berço pra essa cultura de violência.
Pra completar, uma das músicas principais do filme é um reggae. Não tem a menor possibilidade de dar errado. É um troço muito impressionante, mesmo.
E agora, pra você que está por fora do mundo nerd, um grande momento jornalístico. Com exclusividade, tudo que de mais importante deve rolar na San Diego Comic Con 2024:
trailer de novo filme da Marvel
trailer de novo filme da DC
trailer de Sony Vaio - O Filme, com Zendaya no papel de Sony Vaio
trailer de Bíblia 2 - O Filme, com Timothée Chalamet
trailer de Camel - O Filme, animação em 3D pela Illumination em que Joe Camel com captura de movimentos e dublagem de Chris Pratt entrará em altas aventuras à base de nicotina e muita tosse (público-alvo: infantil)
trailer de Mola Maluca - O Filme, com Timothée Chalamet
fique de ohaho na newslenttere não sei de EEsenhar par aamsi novidadess