Não Sei Desenhar Ꝿ110 - 03/11/23
essa semana eu toquei Slayer seguido de Asa de Águia numa festa de halloween, a vida pode ser boa
Esse trecho de animação lindíssimo. Isso é de um desenho cuja ideia principal é transformar cavalos de corrida reais em menininhas de anime. Não me pergunte
Me parece que "bosta" é mais sonoro e traz mais a imagem da coisa do que "merda", por mais que "merda" seja muito mais palavrão.
Acho que se vocês virem esse vídeo
, vão entender como eu cheguei nesse raciocínio.
(A questão da “bosta” é meramente linguística: encararia a pizza de sagu numa boa. Vocês podem não saber mas eu sou um dos idealizadores da lendária Lasanha Doce)
Na empolgação com o documentário Psychodissey, do qual eu falei há uns meses atrás aqui, pulei o primeiro Psychonauts depois da primeira fase e parti direto pro segundo. Assim, não parece que eu perdi muuuuita coisa em termos de história, as relações que importam tão todas lá. Então tá valendaço ok? Ok.
Pyschonauts 2 é um jogo de plataforma em 3D, meio collectathon, ou seja: numa pegada Mario 64 ou Banjo-Kazooie. Ou Spyro. Ou Crash Bandicoot. Muito pulo em plataforma, coisinhas escondidas pra pegar ao longo das fases, etc. Mas o principal é que ele é uns 68,7% narrativo. Ele tem muita história, muita cutscene cheia de diálogos. A vantagem? A história e os diálogos são muito bons. No começo pode ser um pouco truncado pra quem tá acostumado a outros plataformas mais clássicos, mas depois que tu pega o jeito, só vai. Nunca é demais lembrar que o jogo foi todo escrito pelo Tim Schafer, o chefão da Double Fine e que escreveu outros jogos lendários como Grim Fandango, Full Throttle, e, bom, Psychonauts 1.
O grande lance é que o personagem principal, o Raz, faz parte dos Psychonauts (essa eu não vi chegando), um grupo de espiões com poderes psíquicos que eles usam pra entrar na mente das pessoas e curá-las. Aí cada mente é uma fase e sempre tem umas misturas conceituais muito doidas, tipo um cassino-hospital no qual tu tem que meio que acabar com o problema de jogo de uma personagem. Ou numa outra que fica meio subentendido que o dono da mente tem problemas com bebidas. Aí sempre se acaba conhecendo mais a fundo as histórias das pessoas e elas vão se cruzando de um jeito que parece muito natural.
A movimentação não é das melhores? O combate é qualquer coisa? OK. Mas não dá pra ter tudo. Ainda mais depois de ver o documentário sobre a produção do jogo e ver o trampo que foi. Mas isso aí deve ser algum tipo de falácia, de viés. Por mim tudo bem. O bom é que tá liberado no Game Pass, então tudo certo. Ainda vale muito a pena.
Isso tudo aconteceu no XBox One S, ao custo de longos minutos de loading, coisa que rolou também quando joguei Cocoon e em variados níveis também em outros jogos. Veja bem, eu me acostumei com a velocidade d SSD. Voltar a usar HD é um retrocesso, quase uma afronta moral.
Essa demora e a oferta cada vez maior de jogos exclusivos de Series S começaram a me dar uma coceira na mente e essa coceira aumentou muito dentro de pouco tempo. Essa coceira virou carne viva de tanto raspar a unha quando veio a notícia de que a Microsoft deve aumentar o preço sugerido do Series S em quase MIL REAIS no futuro próximo, o que é um absurdo que ninguém entendeu direito ainda.
Em algum momento a coceira tinha que parar. Agora o remédio tá ali no meu rack, embaixo da minha TV na sala.
Então eu parti pra inaugurar o Series S novo da melhor maneira possível: jogando o jogo novo do Super Mario emulado no computador.
Tô bem no começo ainda mas: foda hein? Ele traz um senso de exploração que eu não sentia há muito tempo em jogos de plataforma 2D. Ele acaba pegando muito de Super Mario World (provavelmente o meu Mario favorito?????) e mistura com ideias de jogos mais recentes como Donkey Kong Country, Super Mario Odyssey e Super Mario 3D World - não confundir. As fases são curtas mas cheias de coisas pra fazer e fuçar e cada uma tem um inimigo novo diferente que faz a jogabilidade variar muito, assim como os badges - poderezinhos leves como saltar na parede, nadar mais rápido, etc. Mas o grande VETOR dessas mudanças de gameplau são as Wonder Flowers, umas flores que quando tu pega faz acontecer algo MUITO doido e mexe totalmente na dinâmica da fase. Sempre tem uma coisa nova e ele nunca te cansa, talvez até as fases sejam curtas demais… ou eu que tô empolgado demais jogando elas.
Muito bom ver um Mario 2D com esse nível de investimento criativo (e financeiro) da Nintendo. O primeiríssimo jogo do Super Mario foi feito por uma equipe de tipo umas cinco cabeças principais, e dessas, quatro delas trabalharam no Super Mario Wonder. Dá pra perceber. Mais novidades no decorrer do período.
Enquanto isso, eu também vou aproveitando todo o poderio gráfico e de processamento do XBox Series S pra jogar um jogo de XBox 360 lançado em 2012.
vinil lindo da semana: o ao vivo do Sonic Youth que eu falei outro dia aqui
VHS japonês do dia
E o King Gizzard And The Lizard Wizard que foi full eletrônico no álbum novo? O som deles sempre foi uma psicodelia altamente guitarreira, experimentando com afinações e coisaradas afins e agora isso. E não o fazem de forma tosca, eles exploram o lance eletrônico de formas bem interessantes. Curioso pra ver o que vem a seguir.
O novo e provavelmente último da carreira do DJ Shadow. Hip-hop instrumental fortíssimo como sempre.